Quando nos deparamos com a
morte levando pessoas tão novas, mudando o ciclo natural da vida, nos dá uma
sensação tão grande do quanto fútil e mesquinhos somos nós.
Sempre achamos que a morte vem para aqueles que tanto viveram, para aqueles
que plantaram suas árvores, tiveram os filhos e talvez tenha faltado somente
escrever o livro...
A vida e a morte são duas coisas que mexem demais comigo,
amo ver um bebê, amo o sorriso dos pais diante de um nascimento... já a morte é
algo que trás à tona toda minha fragilidade, me
mostra o quanto não estamos preparados para o Adeus!
Ouvimos tanto o clichê de que a vida é curta e devemos
aproveitá-la ao máximo; me pergunto: O que nos falta para viver a vida
tão bem? O que nos falta para sermos pessoas melhores? Porque preferimos
criticar as pessoas ao invés de tentar entende-las? Porque é tão difícil pedir
perdão? Ou ainda porque é tão difícil perdoar? E o sorriso? O quanto é bom
recebe-lo, mas para muitos, como é difícil dar-lhe.
Hoje eu parei para pensar no quanto nossa vida é passageira,
sendo ela de 1 dia ou de 100 anos. E percebi que a única certeza que temos é
que não sabemos quantos anos ou até horas teremos, mas nossa existência não
terá o menor sentido se não formos pessoas melhores. Pode não dar tempo de
deixar a árvore, filhos e o livro, mas pode ter dado tempo de marcar uma outra
vida para sempre. (Simone Fernandes)